PROJETO DO LIVRO A CASA SONOLENTA
Jacqueline de Freitas Rosa
Marisa de Fátima Barros
Zilá do Carmo Alves de Alves
Resumo
A história da Casa Sonolenta é excelente para a organização de um trabalho interdisciplinar que privilegie a construção de conceitos básicos. A abordagem interdisciplinar evidencia-se na produção artística, no trabalho com dobraduras, na construção de frases e textos e na representação gráfica da quantidade visando à apropriação da linguagem dos signos matemáticos e das operações.
Palavras-chave: Abordagem Interdisciplinar. Construção de Conceitos. Literatura Infantil.
1 Introdução
O trabalho que vamos relatar é um recorte das propostas efetuadas como grupo de professoras responsáveis pelo Laboratório de Aprendizagem, na Escola Municipal Neusa Goulart Brizola, no ano de 2005.
Pensando na demanda de alunos que compõem os nossos grupos de atendimento desde o I ciclo até o II ciclo, verificamos que os mesmos vinham sendo encaminhados para o Laboratório de Aprendizagem com dificuldades na elaboração de conceitos que permeiam as mais variadas áreas do conhecimento: interpretação, compreensão, organização, estabelecimento de relações, noções operacionais, expressão, etc. Por outro lado, verificamos a necessidade de buscar, através dos nossos encontros semanais com os alunos do Laboratório, uma ‘forma’, um ‘jeito’ diferente de propor e de viver experiências, atividades, jogos que contemplassem essa demanda, no sentido de os alunos resgatarem e/ou construírem esse conceitos tão pertinentes às áreas do conhecimento. Com a leitura de subsídios teóricos da professora Ana Cristina Rangel (2002) e com apoio em outros, teóricos fomos aos poucos construindo esse ‘fazer’ diferenciado. Dentro das propostas que fomos elaborando e fabricando, passamos a dar uma cara diferente para a nossa própria realidade prática.
Observamos os ganhos que os alunos tiveram e o envolvimento que esse tipo de trabalho lhes proporcionou. Nessa satisfação de ambos os lados, professores e alunos envolvidos no processo, aventuramo-nos a oferecer aos professores da escola um relato em forma de oficina focada no trabalho que havia sido proposto no Laboratório de Aprendizagem.
Todos ganhamos pelo envolvimento do grupo da escola como um todo e pelas sementinhas que despertaram o desejo de um fazer diferenciado.
2 Desenvolvimento do projeto
A história da Casa Sonolenta é excelente para a organização de um trabalho interdisciplinar que privilegie a construção dos conceitos dos quais anteriormente falamos.
Nesse projeto, exploramos a construção do número (a quantificação do total 6 com apoio na correspondência termo a termo explorando a inclusão hierárquica) e/ou as operações numéricas (fatos básicos do total 6 ou a subtração do total 6), com as crianças maiores as operações de adição com mais parcelas, a estrutura multiplicativa e suas representações na frase e no cálculo matemático; as estruturas lógicas de classificação (material do jogo classificando pela cor e pela personagem) seriação (ordem ascendente e descendente) e relações espaciais (dentro e fora, em cima e embaixo, o que vem antes e o que vem depois).
Com as propostas de escrita e interpretação, tanto orais como escritas, abordamos as questões de linguagem.
Além disso, exploramos nos jogos a reciprocidade da vida em grupo, a construção das regras e todas as relações já citadas.
Nos relatórios, a abordagem interdisciplinar se evidência na produção artística, dobraduras, escrita espontânea de palavras, frases e textos e a representação gráfica da quantidade visando à apropriação da linguagem dos signos matemáticos e das operações.
Apresentamos o mapa conceitual evidanciando as relações entre os diversos conceitos:
Mapa Conceitual:
2.1 Atividades propostas
a) audição da história contada pelo professor ou como pelos alunos;
b) dramatização da história com gestos. (ênfase na oralidade);
c) interpretação oral procurando relacionar os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento: questões sobre clima, localização da casa, personagens (animais e seres humanos), seriação (quem deitou primeiro, em segundo, etc)
d) atividade com as palavras da história:
- colocar tirinhas de papel sobre a mesa e pedir que os alunos dobrem as mesmas em oito partes iguais. Ir questionando: como é mais fácil dobrar? Deixar que os alunos expressem sua maneira de pensar;
- sortear a personagem que cada um deverá escrever na tira de papel, sendo que devem colocar uma letra em cada espaço;
- Questionar: Quantos pedaços foram usados? Quanto ficaram vazios? Por quê?
- mostrar no quadro como dá para dizer isso na matemática.
- escrever da mesma maneira as palavras que dizem como cada personagem estava dormindo. ( sorteio da personagem, mas a escrita é o jeito que cada um estava dormindo).
- embaralhar todas as palavras escritas. Questionar: o que estamos embaralhando? O que está escrito em cada tira? Quantas palavras escrevemos? Vamos montar frases com essas palavras. Cada criança vira duas das palavras e forma uma frase que contenha as duas (oralidade). O que aconteceu, foi possível montar uma frase só com as duas palavras? Ir registrando as frases lidas. Quantas frases nós montamos? Qual a frase maior e qual a menor, por quê? Propõe-se que inventem uma frase que contenha o mesmo número de palavras de outra frase registrada. Geralmente ajudam-se mutuamente nesse desafio.Vamos pensar outras maneiras de agrupar essas palavras (a professora pode sugerir diferentes formas de classificar). Poderá ser pelo número de letras, ordem alfabética, número de sílabas, maiores do que 3 letras, menores do que 5 letras, letra inicial, letra final, etc.
e) diferentes maneiras de trabalhar com o texto:
- desmontar o texto em parágrafos e os alunos, individualmente ou em duplas, devem remontar;
- numerar o texto e sortear os números. Cada aluno deve ler o parágrafo que está relacionado ao seu número (atenção e seriação).
- trazer o texto desmontado para que cada aluno leia um dos parágrafos a fim de desenhá-lo. Após, o grupo remonta o texto baseado na escrita e nos desenhos.
- Montar com dobradura a casa sonolenta. Colar tirinhas enroladas de papel crepom dentro da casa, as quais representarão as personagens, e desenhar a cama aconchegante onde todos estavam dormindo. Podem escrever o texto, colocar o nome das personagens. (noções espaciais, de ordem e de série, tamanho, noções dentro/fora, em cima embaixo, etc).
- Resolução de desafios matemáticos:
Marcar no texto todas as vezes que aparece o nome dos personagens e completar a tabela:
AVÓ MENINO CACHORRO GATO RATO PULGA
Mostrar com a matemática quantas vezes você marcou o nome dos personagens no texto. ---------------------------------------------------------------
Frase Matemática= CONTA:
- Comparar no quadro se surgirem maneiras diferentes de resolver. Aqui questionam a operação, como armar a conta, como somar e chegar ao resultado.
f) Jogos com as personagens da Casa sonolenta.
- Jogo do polígrafo para o I ciclo. ( Ana Cristina Rangel )
- Jogo de memória para o II ciclo.
a) Vira duas cartas, se alguma for da cor correspondente pega para si, se não for da cor fecha no lugar onde estava. Questões:
Quem já pegou mais personagens? Quem pegou menos? Quantos a mais tu pegaste em relação a fulano? E o fulano em relação a ...... Quem já apareceu mais vezes no jogo?
Se já saiu 3 avós e são 5 cenários, quantas ainda avós restam para sair? Vamos anotar essa frase matemática que nós falamos, todos participam.
Quantas vezes já apareceu o cachorro nos cenários? Quem sabe dizer quantas patas de cachorro tem nas casinhas? Vamos falar isso na matemática. Pode ser com números ou escrevendo com palavras.
b) jogo em que são sorteados os nomes das personagens (vários nomes repetidos) e atribuídos pontos para cada personagem: avó e menino valem 10, cachorro e gato valem 5, rato e pulga valem 1. A criança sorteia dois nomes e pode pegar as personagens correspondentes para ir montando o seu cenário. À medida que vai compondo com suas personagens é desafiada a pensar e registrar quantos pontos já conseguiu obter, novamente surgem as questões: quem tem mais, quem tem menos, a mais e / ou a menos, etc. Ganha o jogo quem montar o cenário primeiro e conseguir com isso mais pontos.
g) Atividades escritas que podem ser propostas além das que já foram apresentadas:
- pense outro jeito de terminar a história.
- marque apenas o quadro em que as personagens se encontram na sequência certa da história:
Pulga Pulga Pulga
Rato Rato Rato
Gato Gato Cachorro
Cachorro Cachorro Gato
Avó Menino Menino
Menino Avó Avó
- desenhe retângulos pensando no tamanho dos personagens da história.
3 Finalizando
O trabalho proposto serviu como amostragem das diferentes formas de aprendizagem usadas dentro de um mesmo contexto educacional, sendo as histórias infantis um suporte lúdico e de contextualização, dando sentido às diferentes aprendizagens da educação formal.
Veja o texto que foi trabalhado com as crianças:
A Casa Sonolenta
(Andrey Wood)
"Era uma vez uma casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Nessa casa tinha uma cama, uma cama aconchegante, numa casa sonolenta,
onde todos viviam dormindo.
Nessa casa tinha uma avó, uma avó roncando, numa cama aconchegante,
numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima dessa avó tinha um menino, um menino sonhando, em cima
de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta,
onde todos viviam dormindo.
Em cima desse menino tinha um cachorro, um cachorro cochilando,
em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando,
numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima desse cachorro, tinha um gato. Um gato resonando, em cima do
um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de
uma avó rocando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta,
onde todos viviam dormindo.
Em cima desse gato tinha um rato, um rato dormitando, em cima de
um gato resonando, em cima do um cachorro cochilando, em cima
de um menino sonhando, em cima de uma avó rocando, numa casa
aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima desse gato tinha uma pulga....
Seria possível?
Uma pulga acordada, em cima de um rato dormitando, um gato resonando,
em cima do um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando,
em cima de uma avó rocando, numa casa aconchegante,
numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Uma pulga acordada que picou o rato, que assustou o gato,
que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, quem deu
um susto na avó, que quebrou a cama, numa casa sonolenta,
onde ninguém mais estava dormindo.
Referências
RANGEL, Ana Cristina. Matemática da Minha Vida. Belo Horizonte: FAPE, 2002.
WOOD, Audrey. A Casa Sonolenta. São Paulo: Ática, .
Jacqueline de Freitas Rosa
Marisa de Fátima Barros
Zilá do Carmo Alves de Alves
Resumo
A história da Casa Sonolenta é excelente para a organização de um trabalho interdisciplinar que privilegie a construção de conceitos básicos. A abordagem interdisciplinar evidencia-se na produção artística, no trabalho com dobraduras, na construção de frases e textos e na representação gráfica da quantidade visando à apropriação da linguagem dos signos matemáticos e das operações.
Palavras-chave: Abordagem Interdisciplinar. Construção de Conceitos. Literatura Infantil.
1 Introdução
O trabalho que vamos relatar é um recorte das propostas efetuadas como grupo de professoras responsáveis pelo Laboratório de Aprendizagem, na Escola Municipal Neusa Goulart Brizola, no ano de 2005.
Pensando na demanda de alunos que compõem os nossos grupos de atendimento desde o I ciclo até o II ciclo, verificamos que os mesmos vinham sendo encaminhados para o Laboratório de Aprendizagem com dificuldades na elaboração de conceitos que permeiam as mais variadas áreas do conhecimento: interpretação, compreensão, organização, estabelecimento de relações, noções operacionais, expressão, etc. Por outro lado, verificamos a necessidade de buscar, através dos nossos encontros semanais com os alunos do Laboratório, uma ‘forma’, um ‘jeito’ diferente de propor e de viver experiências, atividades, jogos que contemplassem essa demanda, no sentido de os alunos resgatarem e/ou construírem esse conceitos tão pertinentes às áreas do conhecimento. Com a leitura de subsídios teóricos da professora Ana Cristina Rangel (2002) e com apoio em outros, teóricos fomos aos poucos construindo esse ‘fazer’ diferenciado. Dentro das propostas que fomos elaborando e fabricando, passamos a dar uma cara diferente para a nossa própria realidade prática.
Observamos os ganhos que os alunos tiveram e o envolvimento que esse tipo de trabalho lhes proporcionou. Nessa satisfação de ambos os lados, professores e alunos envolvidos no processo, aventuramo-nos a oferecer aos professores da escola um relato em forma de oficina focada no trabalho que havia sido proposto no Laboratório de Aprendizagem.
Todos ganhamos pelo envolvimento do grupo da escola como um todo e pelas sementinhas que despertaram o desejo de um fazer diferenciado.
2 Desenvolvimento do projeto
A história da Casa Sonolenta é excelente para a organização de um trabalho interdisciplinar que privilegie a construção dos conceitos dos quais anteriormente falamos.
Nesse projeto, exploramos a construção do número (a quantificação do total 6 com apoio na correspondência termo a termo explorando a inclusão hierárquica) e/ou as operações numéricas (fatos básicos do total 6 ou a subtração do total 6), com as crianças maiores as operações de adição com mais parcelas, a estrutura multiplicativa e suas representações na frase e no cálculo matemático; as estruturas lógicas de classificação (material do jogo classificando pela cor e pela personagem) seriação (ordem ascendente e descendente) e relações espaciais (dentro e fora, em cima e embaixo, o que vem antes e o que vem depois).
Com as propostas de escrita e interpretação, tanto orais como escritas, abordamos as questões de linguagem.
Além disso, exploramos nos jogos a reciprocidade da vida em grupo, a construção das regras e todas as relações já citadas.
Nos relatórios, a abordagem interdisciplinar se evidência na produção artística, dobraduras, escrita espontânea de palavras, frases e textos e a representação gráfica da quantidade visando à apropriação da linguagem dos signos matemáticos e das operações.
Apresentamos o mapa conceitual evidanciando as relações entre os diversos conceitos:
Mapa Conceitual:
2.1 Atividades propostas
a) audição da história contada pelo professor ou como pelos alunos;
b) dramatização da história com gestos. (ênfase na oralidade);
c) interpretação oral procurando relacionar os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento: questões sobre clima, localização da casa, personagens (animais e seres humanos), seriação (quem deitou primeiro, em segundo, etc)
d) atividade com as palavras da história:
- colocar tirinhas de papel sobre a mesa e pedir que os alunos dobrem as mesmas em oito partes iguais. Ir questionando: como é mais fácil dobrar? Deixar que os alunos expressem sua maneira de pensar;
- sortear a personagem que cada um deverá escrever na tira de papel, sendo que devem colocar uma letra em cada espaço;
- Questionar: Quantos pedaços foram usados? Quanto ficaram vazios? Por quê?
- mostrar no quadro como dá para dizer isso na matemática.
- escrever da mesma maneira as palavras que dizem como cada personagem estava dormindo. ( sorteio da personagem, mas a escrita é o jeito que cada um estava dormindo).
- embaralhar todas as palavras escritas. Questionar: o que estamos embaralhando? O que está escrito em cada tira? Quantas palavras escrevemos? Vamos montar frases com essas palavras. Cada criança vira duas das palavras e forma uma frase que contenha as duas (oralidade). O que aconteceu, foi possível montar uma frase só com as duas palavras? Ir registrando as frases lidas. Quantas frases nós montamos? Qual a frase maior e qual a menor, por quê? Propõe-se que inventem uma frase que contenha o mesmo número de palavras de outra frase registrada. Geralmente ajudam-se mutuamente nesse desafio.Vamos pensar outras maneiras de agrupar essas palavras (a professora pode sugerir diferentes formas de classificar). Poderá ser pelo número de letras, ordem alfabética, número de sílabas, maiores do que 3 letras, menores do que 5 letras, letra inicial, letra final, etc.
e) diferentes maneiras de trabalhar com o texto:
- desmontar o texto em parágrafos e os alunos, individualmente ou em duplas, devem remontar;
- numerar o texto e sortear os números. Cada aluno deve ler o parágrafo que está relacionado ao seu número (atenção e seriação).
- trazer o texto desmontado para que cada aluno leia um dos parágrafos a fim de desenhá-lo. Após, o grupo remonta o texto baseado na escrita e nos desenhos.
- Montar com dobradura a casa sonolenta. Colar tirinhas enroladas de papel crepom dentro da casa, as quais representarão as personagens, e desenhar a cama aconchegante onde todos estavam dormindo. Podem escrever o texto, colocar o nome das personagens. (noções espaciais, de ordem e de série, tamanho, noções dentro/fora, em cima embaixo, etc).
- Resolução de desafios matemáticos:
Marcar no texto todas as vezes que aparece o nome dos personagens e completar a tabela:
AVÓ MENINO CACHORRO GATO RATO PULGA
Mostrar com a matemática quantas vezes você marcou o nome dos personagens no texto. ---------------------------------------------------------------
Frase Matemática= CONTA:
- Comparar no quadro se surgirem maneiras diferentes de resolver. Aqui questionam a operação, como armar a conta, como somar e chegar ao resultado.
f) Jogos com as personagens da Casa sonolenta.
- Jogo do polígrafo para o I ciclo. ( Ana Cristina Rangel )
- Jogo de memória para o II ciclo.
a) Vira duas cartas, se alguma for da cor correspondente pega para si, se não for da cor fecha no lugar onde estava. Questões:
Quem já pegou mais personagens? Quem pegou menos? Quantos a mais tu pegaste em relação a fulano? E o fulano em relação a ...... Quem já apareceu mais vezes no jogo?
Se já saiu 3 avós e são 5 cenários, quantas ainda avós restam para sair? Vamos anotar essa frase matemática que nós falamos, todos participam.
Quantas vezes já apareceu o cachorro nos cenários? Quem sabe dizer quantas patas de cachorro tem nas casinhas? Vamos falar isso na matemática. Pode ser com números ou escrevendo com palavras.
b) jogo em que são sorteados os nomes das personagens (vários nomes repetidos) e atribuídos pontos para cada personagem: avó e menino valem 10, cachorro e gato valem 5, rato e pulga valem 1. A criança sorteia dois nomes e pode pegar as personagens correspondentes para ir montando o seu cenário. À medida que vai compondo com suas personagens é desafiada a pensar e registrar quantos pontos já conseguiu obter, novamente surgem as questões: quem tem mais, quem tem menos, a mais e / ou a menos, etc. Ganha o jogo quem montar o cenário primeiro e conseguir com isso mais pontos.
g) Atividades escritas que podem ser propostas além das que já foram apresentadas:
- pense outro jeito de terminar a história.
- marque apenas o quadro em que as personagens se encontram na sequência certa da história:
Pulga Pulga Pulga
Rato Rato Rato
Gato Gato Cachorro
Cachorro Cachorro Gato
Avó Menino Menino
Menino Avó Avó
- desenhe retângulos pensando no tamanho dos personagens da história.
3 Finalizando
O trabalho proposto serviu como amostragem das diferentes formas de aprendizagem usadas dentro de um mesmo contexto educacional, sendo as histórias infantis um suporte lúdico e de contextualização, dando sentido às diferentes aprendizagens da educação formal.
Veja o texto que foi trabalhado com as crianças:
A Casa Sonolenta
(Andrey Wood)
"Era uma vez uma casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Nessa casa tinha uma cama, uma cama aconchegante, numa casa sonolenta,
onde todos viviam dormindo.
Nessa casa tinha uma avó, uma avó roncando, numa cama aconchegante,
numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima dessa avó tinha um menino, um menino sonhando, em cima
de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta,
onde todos viviam dormindo.
Em cima desse menino tinha um cachorro, um cachorro cochilando,
em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando,
numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima desse cachorro, tinha um gato. Um gato resonando, em cima do
um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de
uma avó rocando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta,
onde todos viviam dormindo.
Em cima desse gato tinha um rato, um rato dormitando, em cima de
um gato resonando, em cima do um cachorro cochilando, em cima
de um menino sonhando, em cima de uma avó rocando, numa casa
aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima desse gato tinha uma pulga....
Seria possível?
Uma pulga acordada, em cima de um rato dormitando, um gato resonando,
em cima do um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando,
em cima de uma avó rocando, numa casa aconchegante,
numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Uma pulga acordada que picou o rato, que assustou o gato,
que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, quem deu
um susto na avó, que quebrou a cama, numa casa sonolenta,
onde ninguém mais estava dormindo.
Referências
RANGEL, Ana Cristina. Matemática da Minha Vida. Belo Horizonte: FAPE, 2002.
WOOD, Audrey. A Casa Sonolenta. São Paulo: Ática, .
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